quinta-feira, 17 de março de 2011

O Canto litúrgico


O Concílio Vaticano II deixou uma norma valiosa "... a música sacra será tanto mais santa
, quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica..." (SC 112c). E ainda
: "Uma autêntica celebração exige também que se observe exatamente o sentido
e a natureza próprios de cada parte e de cada canto..." (MS 6b). Portanto, a unidade
litúrgica da celebração no seu todo ou em suas partes específicas devem ter cant
os apropriados e que tenham nexo com o ato celebrado, com o momento celebrativo
. Como se trata de um louvor a Deus, cumpre ensaios anteriores e, quando há um
solista que este seja afinado, pois é também um tormento para os fiéis escutar certo
s pseudos cantores. É preciso que os textos sejam aprovados pela autoridade competente
, pois este articulista já captou heresias em muitas letras.

Os letristas e compositores precisam penetrar fundo no mistério litúrgico, a fim de compore
m textos e músicas que enriqueçam ainda mais o tesouro da eucologia cristã. Embora toda
celebração deva ter cantos que exprimam o sentimento dos fiéis, por vezes, é melhor
a leitura, por exemplo, do salmo responsorial do que apresentá-lo por elementos
detituídos de um mínimo de harmonia musical. Além disto, no que tange o salvo
responsorial ficar repetindo indefinidadmente o refrão não é louvável, dado que não
se pode inflar o tempo destinado à celebração. Nunca se exaltará demais o papel
importantíssimo do canto na liturgia, mas, por isto mesmo, ele merece ser tratado co
m piedade, arte e solenidade, expressando a alegria de um povo que festeja o seu Deu
s ou as súplicas dolentes a Ele dirigidas.

O canto deve exprimir a interioridade do coração daquele que crê. Em síntese o
canto deve cooeprar para o crescimento espiritual de todos. Há uma razão de ser e
m cada cântico. Corações voltados para o Ser Supremo a proclamarem suas maravilhas.
Nunca se pode olvidar o mistério pascal de Jesus, o triunfador sobre a morte e o redent
or querido de todos. A presença do Espírito Santo dever ser percebida a iluminar as mentes
e a aquecer o ânimo de todos. Trata-se de uma comunidade unida numa só voz, demonstrand
o que a ventura existe para quem sabe louvar a Trindade Santa.





quinta-feira, 3 de março de 2011


PROJETO “MUSICALIZANDO VIDAS”

(Missão Stª Cecília)

Resumo: Este texto apresenta uma proposta de musicalização voltada para crianças e adolescentes de baixa renda residentes na cidade de Mossoró. Este virá a ser realizado através da “Associação Comunidade Obra de Maria” (entidade sem fins lucrativos).

Apresentação

A proposta deste projeto é possibilitar, a inclusão social, a partir de um curso de capacitação na área da música, proporcionando a jovens e crianças uma visão geral dos conceitos e métodos da teoria musical colaborando na inclusão social e qualidade de vida dos envolvidos.

Sabemos hoje em dia da necessidade de coibir as causas que conduzem os jovens ao vício, prostituição, violência e risco de morte. Ainda cresce na sociedade o número de adolescentes que ingressam no mundo do crime, o que nos leva a crê que seja necessário intervir de alguma forma, sendo este projeto a nossa parte.

Esta atividade sustentável pode vir a ser no futuro fonte de renda dos participantes, bem como a sua atividade profissional principal. A música nos mergulha numa nova filosofia de vida e, mesmo que estes meninos não se tornem profissionais da música, certamente terão outra visão de mundo e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.

Missão

Colaborar de forma prática com o desenvolvimento de jovens e crianças da zona urbana do município de Mossoró, proporcionando-lhes uma aproximação com a arte da música no intuito de suprir necessidades que impedem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Visão

Depois de seis meses ampliar o projeto envolvendo os que se destacaram na primeira turma, buscando após um semestre ampliar o projeto, também atraindo cada vez mais pessoas que queiram colaborar com o mesmo. Investir na diversificação da oferta de outras atividades para as futuras turmas.

O Projeto “Musicalizando vidas” nasceu em 15 de dezembro de 2009, em decorrência da necessidade de ferramentas de transformação social que atenda crianças e jovens do bairro Dom Jaime Câmara e bairros circunvizinhos, principalmente àqueles que vivem em situação sócio-econômica menos favorecida, oferecendo assim, uma oportunidade para o crescimento profissional e desenvolvimento de vida social saudável. Este projeto terá como finalidade formar crianças e jovens instrumentistas, fomentando no cotidiano deles o prazer pela música, atingindo os que têm dificuldades na aprendizagem escolar, tirando-os da ociosidade e ajudando a mostrar um talento que pode estar escondido em cada um.

Sabemos que a educação musical é inclusiva, podendo constituir-se como fenômeno de sociabilidade, sendo capaz de promover a transformação social pela qual somos responsáveis.

O Projeto “Musicalizando vidas” tem um cronograma onde suas atividades terão início a partir do segundo semestre de 2011 até o final do mesmo. À medida que for cumprido com suas metas, ganhará credibilidade e atuará em caráter definitivo inclusive se espalhando por outros lugares.

Queremos contemplar um número significativo de crianças e jovens que certamente não terão acesso ao ensino musical formal, encontrando no projeto a possibilidade de conhecer, fazer e praticar música.


Justificativa

Tomamos conhecimento do trabalho de um professor de música, natural da Alemanha, que em 1994 morava no Rio de Janeiro e não se conformava com as condições de vida das crianças que viviam na favela da cidade. Este conseguiu uma sala cedida por uma igreja local e, utilizando instrumentos doados por um Shopping Center, começou sozinho ensinando a quatorze jovens, a quem oferecia aulas de flauta doce. Ano a ano o crescimento da demanda mostrou que a aceitação do trabalho por diversos segmentos da comunidade era um fato. Foram ampliadas as relações com outras instituições que atendiam a crianças e adolescentes. Levando a um aumento considerável no número de alunos e, conseqüentemente, também no número de professores. Um ano após sua inauguração, o projeto já atendia ao dobro do número de alunos, e contando com mais um professor oferecia, além das aulas de flauta doce, violão e canto coral.

Em agosto de 2007 foi divulgado estudo realizado por Flávio Comim, economista e pesquisador do St. Edmund’s Colloge, Universidade de Cambridge, no Reino Unido. A pesquisa ouviu oito mil crianças e adolescentes, dentre participantes de um programa de formação musical, e comprovou entre outros benefícios, que a taxa de retorno social anual apresentada pelos alunos da rede pública, integrantes do projeto, chegava a 19%: índice equivalente aos melhores resultados mundial de formação de capital humano. Em termos comparativos, é como se os que recebem formação musical tivessem um acréscimo de um a dois anos de estudo em relação aos que não têm este tipo de formação. Aí devem ser incluídos outros benefícios, como motivação, aumento da autonomia e melhor integração e convívio com a comunidade.

Com referencia nestes dados queremos implantar o Projeto “Musicalizando vidas”, pois acreditamos que a música tem grande poder de transformação social, causando impacto no desenvolvimento humano. Jovens e crianças que serão beneficiados terão experiência direta com a arte, possibilitando a geração de emprego e renda, aprendizado e divertimento de uma só vez e tirando-os das condições de risco social.

Objetivo Geral

Promover o desenvolvimento e inclusão social de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, por meio da implantação de uma escola musical visando melhoria d a qualidade de vida da população.


Objetivos Específicos

  • Garantir participação da comunidade local nas ações propostas, em busca do empoderamento da mesma;
  • Criar alternativas de emprego e renda para jovens com idade legal, visando potencializar a oferta de profissionais no ramo da música;
  • Desenvolver integração e espírito comunitário entre crianças e jovens bem como na família;
  • Sensibilizar os diversos setores da sociedade, buscando alianças para promoção e realização do projeto.

Estrutura e manutenção do projeto

· Começar com 20 pessoas, 3 aulas semanais de 2hs cada. Totalizando 144hs por semestre.

· Sala para ensino prático com os instrumentos, banheiro, 21 cadeiras de plástico sem braço, 1 birô, 1 armário arquivo, 1 quadro branco escolar, computador, impressora, cartuchos de tinta.

· 1 filtro, 2 botijões de água, copos descartáveis.

· 1 uma Bateria com jogo de prato e 2 pares de baquetas para cada Aluno.(turmas de 5 alunos, totalizando 10 pares de baqueta 5b)

· 12 violões com capa, 12 jogos de cordas para violão/nylon, 12 flanelas para limpesa.

· Material didático: 20 cadernos, 20 lápis com borracha, 20 canetas esferográficas pretas, 20 canetas esferográficas vermelhas, 1 resma de papel A4, caderno de freqüência, 1 grampeador com grampos, tesoura, 1 caixa de clipers, 1 caixa de caneta azul, 1 caixa de caneta vermelha.

· 1 aparelho de som microsistem, 1 extensão, 2 pen-drives de 2Gb.

· 1 baner com logomarca do projeto.

· Material para personalisar ambiente.

· Material de limpesa em geral (sala de aula, banheiro, instrumentos); lustra móveis,

vassoura, pá, rodo, panos de chão, sabão em pó, água sanitária, sabão, papel higiênico, etc.


domingo, 15 de agosto de 2010

A música católica não é feita para fazer sucesso

O músico exerce uma função importante na liturgia e também nos momentos de louvor. O que precisa estar muito presente no coração dele é a dinâmica da espiritualidade. A espiritualidade do músico católico deve ser voltada para a experiência católica.

Um exemplo: um músico católico que não vai à Missa, deixa de ser um músico católico, porque ela é o auge da espiritualidade católica. Outra coisa que precisa ficar presente na espiritualidade do músico católico é a Adoração Eucarística, buscar Jesus na Eucaristia e todas as suas vertentes, como a intimidade com a Palavra de Deus.

Padre Roger Luis
Foto: Célia Grego

Você, músico, conhece muito bem as fontes de inspiração. Quando a música brota da Palavra de Deus, ela tem uma eficácia sobrenatural, basta você musicar a Palavra pela inspiração, buscar a harmonia no coração de Deus e você vai ver como a música "pega". A Bíblia em si já traz vida, libertação e cura. Precisamos fazer uma experiência com a Palavra de Deus.

Algo importante também é a intimidade com o Espírito Santo, porque – em minha opinião, e creio que não seja só em minha opinião – isso é obra de Deus, pois a inspiração da música católica precisa vir do Espírito Santo.

Nós também não precisamos consultar harmonias da música secular para colocar na música católica. Pois, assim, perde em unção, perde em eficácia, porque o Espírito Santo é a criatividade por excelência. É Ele quem dá a criatividade, então, não há necessidade de buscá-la em outras fontes.

Há uma passagem do profeta Jeremias que diz:
"Os grandes da cidade enviaram os servos à procura de água. Encaminham-se estes às cisternas; água, porém, não encontram, e voltam com os recipientes vazios, envergonhados, confundidos, cobertas as cabeças" (Jer 14,3). O povo estava deixando as águas puras para buscar água em cisternas vazias.

Isso é muito importante para que tenhamos consciência. Não deixe a "água pura", a fonte da Palavra, da Eucaristia, da experiência dos santos, do relacionamento pessoal com a Virgem Maria. Tudo isso é fonte de inspiração. Não busque em "cisternas" vazias! Deus fala a nós nessa Palavra e nos indica o caminho a seguir.

A música, então, precisa brotar da oração e não de um acorde secular. O acorde é Deus quem vai dar. Conheço muitos músicos e, partilhando com eles sobre o nascimento de uma música, sei que ela vem de um momento de oração e Adoração Eucarística.

A música católica não é feita para fazer sucesso. O sucesso que Deus quer são almas salvas, vidas transformadas, pessoas curadas! E a música tem este poder. Assim como tem o poder de fazer uma pessoa se embriagar, se drogar – como vemos, por exemplo, nas festas
rave – ela tem o poder de transformar uma vida. Nós precisamos "virar a mesa", virar o jogo e apresentar uma música pura, que vem do Céu e transforma vidas.

Que Deus abençoe você e que Ele próprio o inspire. Não busque fora de Deus, porque só Ele tem a inspiração para o novo da sua canção.

Padre Roger Luis da Silva
Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Minha música leva a te conhecer Senhor?


“Quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (I Co. 10, 31). A música de louvor e adoração deve ter em Deus sua razão e sua finalidade.

Infelizmente, e não em poucas situações, torna-se instrumento exclusivo de promoção e ganho pessoal. Em outras, serve até como vitrine para exposição de talentos, podendo mesmo se tornar mero exercício de auto-satisfação. Obviamente talentos não devem ser enterrados e não há necessariamente nada de errado em fazer promoção de obras musicais, tampouco discordo que sejam extremamente prazerosas quaisquer atividades relacionadas à música. O problema se dá quando o foco não é a exaltação da pessoa e do nome de Deus. A glória de Deus deve ser o motivo da dedicação aos ensaios, do desejo de aprimorar-se tecnicamente, da busca de excelência na hora da execução, da preocupação com a qualidade do som, do esforço para a gravação de um CD , do empenho à oração e tudo que faça parte do ministério de louvor e da vida do músico. O rio da unção, da graça e do poder de Deus flui por meio deste tipo de louvor inadiável, íntima e decisivamente comprometido com a glória de Deus.

Temos um desafio diante de nós. Sermos músicos agradáveis a Deus. Ele nos concedeu dons para O servimos e a seu povo. Somos um presente dele à sua Igreja. Sejamos dedicados e fiéis no cumprimento do nosso ministério e seremos por Ele recompensados.

Jocélio de Castro

Membro Consagrado da Comunidade Obra de Maria

terça-feira, 20 de julho de 2010

TÉCNICA VOCAL

II – Voz; Corpo e mente

1 O templo humano

Se alguém lhe perguntar com que você canta, certamente você dirá que é com a boca – e talvez nem responda a uma questão tão idiota. De fato a indagação é pertinente, pois, não cantamos apenas com a boca, mas com o corpo e a mente.

Isso quer dizer que precisamos de uma boa condição física (não me refiro aos músculos de Silvester Stallone ou a cintura de Giselle Büchen) e muita concentração (quem sabe até igual ao um monge).

O bom estado do corpo é imprescindível para uma performance satisfatória. Não apenas da garganta, mas todo o templo humano. A começar pela postura. A coluna reta é uma exigência elementar. Um grande número de músculos interage quando falamos ou cantamos. É preciso que eles tenham sido preparados para um funcionamento extenso. Por esta razão nós adotaremos alguns exercícios físicos para aquecimento muscular. Não desconsidere essa prática sob pena de provocar tensão muscular e limitar seu rendimento.

Não é à toa que se ouve dizer que “o homem canta com a alma”. A concentração é uma espécie de veneração, uma expressão sentimental. Difícil imaginar alguém cantar sem emoção ou prazer. Com efeito, devemos estar envolvidos com o canto assim como o ator está para o personagem que representa. A nossa afinação depende muito dessa concentração.

2 O canal vocal

Você detesta aula de biologia? Eu também, mas...

Vamos viajar um pouco na teoria cientifica e saber sobre o canal vocal. O som produzido é exteriorizado pela boca e ainda pelo nariz – sim, pelo nariz. O som é produzido e qualificado por uma série de elementos em nosso corpo.

O ar da nossa respiração é uma espécie de matéria prima. É ele que ecoa nossa voz através do esforço de alguns de nossos órgãos (diafragma, pulmões, cordas vocais...). Para que tudo isso saia perfeito, necessário se faz que os órgãos estejam com saúde.

É recomendável que se cante em pé e com a cabeça levemente erguida. A explicação é que assim o diafragma trabalha melhor, ou seja, acomoda mais e melhor, o oxigênio além do som sai reto pelo canal da garganta. Você já reparou isso nos corais?

3 Respiração correta

Quem não ouviu aquela citação clássica de marcha “Barriga pra dentro e peito pra fora” na hora respirar? Aí está o mal-entendido. Na hora de inspirar (receber) o ar o sujeito estufa o peito e espreme as tripas fazendo com que o diafragma se retraia impedindo que o oxigênio entre tranqüilamente. E depois para expirar (soltar) o ar que mal entrou, ele incha a barriga de nada – sem contar a careta que faz.

A forma correta de trabalhar a respiração é receber o ar (de preferência pelo nariz) em boa quantidade. Na hora de soltar o ar, use o nariz (e a boca quando for cantar).

O diafragma é um grande auxiliar para a respiração. Trata-se de um músculo localizado próximo ao abdome que se estica e encolhe conforme nossos impulsos. Ao relaxar, ele abre a caixa torácica para guardar o ar e a fecha ao se encolher. O diafragma também movimenta os pulmões, que por sua vez elimina o gás carbono do corpo junto com o ar. Na verdade, quando inchamos ou retraímos a barriga por própria vontade, é com ele quem trabalhamos.

Portanto, na hora de inspirar, relaxe o diafragma para receber bem o oxigênio e o encolha para expirar o ar velho.

domingo, 18 de julho de 2010

Postura do músico




Nosso comportamento e postura sempre será alvo de comentários, mas principalmente quando chamamos a atenção, seja de maneira positiva ou negativa.
Músicos que tocam nas missas por exemplo: geralmente estão em um local onde toda a assembléia pode vê-los. Por isso, devemos nos policiar o tempo inteiro e tomar cuidado para que nossa postura não chame atenção. Músicos que ficam brincando, fazendo solinhos com seus instrumentos no meio de uma homilia por exemplo… certamente atrairão olhares…. músicos que deixaram para escolher o restante das músicas no meio da missa com certeza também chamarão a atenção.
Neste segundo exemplo o problema foi a desorganização, mas de qualquer forma também entra nesse contexto.

De nada adianta termos instrumentos e equipamentos de última geração, termos um ministério bem ensaiado e ótima qualidade técnica se nossa postura não caminha de acordo com aquilo que acreditamos.
O músico cristão tem uma missão diferenciada do músico que não toca na igreja. Sabe por quê? Porque até mesmo em nosso silêncio somos capazes de levar almas até o céu. Na medida em que demonstramos o nosso amor a Deus através de nossas ações muitos irmãos são tocados. A humildade e simplicidade de nosso viver pode trazer esperança à aqueles que já não acreditavam mais. O músico da igreja não é melhor que os outros, mas nossa missão vai muito mais além do que propriamente tocar.

No meio de um grupo de oração por exemplo: na hora da pregação o ideal é que o ministério de música participe, ouvindo atentamente o que o pregador diz. Até porque pode se fazer necessária nossa participação. De repente o pregador pede uma música, um fundo musical… mas não só por isso… nós também precisamos de reabastecimento, de um renovar de nossa espiritualidade. E muitas vezes quando tocamos nem sempre sentimos o que a assembléia sente, pois estamos ali trabalhando e nos doando. Algumas vezes mais preocupados em servir do que em sentir… E são justamente nessas horas em que temos a grande chance de beber da graça. No momento “do banco”, do silêncio, da escuta e interiorização… é a nossa oportunidade de ouvir o Senhor e por isso não podemos perder tempo.

Comportamento e postura no entanto, não significa apenas ficar sentadinho em silêncio, mas é muito mais que isso. É demonstrar o cristianismo que acreditamos e amamos em toda a nossa vida. Sendo pessoas alegres e bem-humoradas. (Nada pior do que ficar ao lado de alguém mal-humorado, não é verdade? Principalmente quando o irmão é da igreja. Aí ficamos até em dúvida do porquê desse irmão não se abrir à graça). Demonstrar o nosso amor a Deus em todas as nossas ações, mostrando compaixão quando necessário. Sendo gentis e educados, sabendo dizer “obrigado” ou “por favor”.

São coisas que trazemos do berço, da família e jamais poderemos perder. Aparentemente são coisas tão básicas que alguém pode chegar e me dizer: “Ah, mas isso todo mundo sabe e é o mínimo que devemos ser…”
Sim, mas o inimigo quer nos confundir e a vaidade nos visita a cada instante. O orgulho pode encher nossa cabeça de modo a deixarmos de lado todas essas coisas.

Ser da igreja não é ser carrancudo ou triste, muito pelo contrário… tem gente que acha que porque está na igreja não deve mais brincar… que deve mudar o seu jeito e ser uma pessoa séria… Não é nada disso… Eu devo mostrar com meu comportamento que tudo isso me faz bem, me faz mais feliz. Sirvo a Deus com liberdade, mostrando que sou inteligente e sei o que quero para minha vida.

A exemplo de Maria que disse “Eis aqui a humilde serva do Senhor…” eu desejo que em vossos corações esteja sempre essa certeza:
Quanto mais humilde e simples maior testemunho de vida eu tenho para dar.



Fonte:http://blog.oficinadamusicacatolica.com

TÉCNICA VOCAL

I - Introdução


Como você estava planejando ler apenas este primeiro parágrafo de introdução e pular imediatamente para o próximo capitulo – ninguém lê as introduções dos Artigo --, vou começar alertando que a atenção que você deverá dar ao treinamento é o fator principal e determinante para o seu êxito. Caso continue com essa preguiça toda não chegará a lugar nenhum.

Você tem em mãos um trabalho extraído de muito suor. Portanto, faça jus a ele e repasse-o para outros com dedicação de quem quer expandir a música e a cultura para substituir toda essa ignorância e violência que prospera em nossos dias.

Este curso é dirigido àqueles que desejam deixar de incomodar os ouvidos dos outros. Quer aprender ou aperfeiçoar a voz e o canto para enfeitar o mundo lá fora. Esta é a sai chance de evoluir e até, quem sabe, impulsionar sua carreira musical ou mesmo aumentar o número do coral da sua igreja. Se for um daqueles que só canta dentro do banheiro – talvez temendo uma chuva de tomates --, há dois caminhos; levar a banheira para o palco ou ler e seguir todo o conteúdo deste material.

Talvez esteja se perguntando sobre sua condição atual. “Eu tenho voz? Eu posso melhorar? Eu conseguirei chegar perto de um Pavarotti?”. A menos que seja mudo, tenha fumado tanto que o cigarro tenha comido suas entranhas ou esteja muito bêbado, é provável que a resposta seja “SIM” para as duas primeiras indagações. E quanto à terceira, eu creio que não dê a mínima para ópera. Ah, você é gago? Dependendo do grau, não tem problema. Inclusive Nelson Gonçalves (uma das vozes mais bonitas que já ouvi) era gago ao falar.

Será de extrema serventia se você tiver algum conhecimento em algum instrumento musical. Caso contrário, sugiro que considere a possibilidade desde já. E para sua sorte, destro desde curso você encontrará auxilio para sua iniciação. Tomaremos por base três deles. A saber, teclado, violão e flauta doce. Não terá de aprender a tocar como um Sivuca ou Hermetto Paschoal (dois excelentes instrumentistas). Bastará apenas extrair algumas notas para medir com seu gogó. Coisa muito simples. Mas eu não impediria que quisesse ser tão bom quantos os meus colegas que citei.

Se você ainda estiver aí – e acordado -- leve em conta estas dicas para melhor aproveitar este caderno:

Ø Leia tudo com calma e atenção.

Ø Se não tiver captado uma instrução, releia tantas vezes for preciso até que fique claro.

Ø Reserve duas horas diárias para o treinamento.

Ø Procure um lugar adequado (com conforto, silencio e privacidade).

Ø Mantenha acessível um instrumento musical (sugerimos violão ou piano).

Ø Caso esteja estudando em grupo -- o que é uma boa idéia -- estabeleça um comando e programação homogênea a todos.

Ø Tenha em mente que cigarro, bebida alcoólica e água gelada são seus inimigos.

Ø Seja obediente ao programa deste curso. Disciplina é uma grande virtude. Se não ler tudo ou se abdicar dos exercícios propostos nada conseguirá.

Estou confiante que terá bom proveito deste curso. Será muito satisfatório pra mim se receber seu e-mail dizendo do seu sucesso ou receber seu CD autografado.

Que Deus te ilumine e conceda todo o que for favorável.


Sábado Tem o primeiro capitulo Não perca!

sábado, 17 de julho de 2010

Cantar é natural e prazeroso


alvez, você ainda não tenha uma atitude de prazer e confiança em seu “cantar”, então aprenda como alcança-la! Para obter qualquer coisa na vida, primeiro é preciso se colocar pré-disposto para isso, ou seja, é o famoso querer é poder. Não significa que apenas querendo conseguiremos tudo, mas já é o primeiro passo, pois se dirigirmos todos nossos esforços, potencial e confiança, certamente o sucesso em qualquer projeto será mais garantido!

A seguir, algumas dicas para adquirir prazer e confiança em seu cantar:

1- Tomar atitude de “Eu posso”.

2- Enfatizar expressividade e concentração na entrega natural das palavras, como se fossem um texto falado.

3- Escolher canções curtas, fáceis e que você goste.

4- Deixar você cantar, não fazer você cantar.

Agora você já compreendeu que cantar é prazeroso e natural, mas quando canta, sente que fica rouco ou lhe dói a garganta. O que há de errado? Se cantar é natural, onde está a dificuldade? A dificuldade é que, com o passar do tempo, acabamos nos distanciando do nosso corpo, não o conhecemos bem, não respiramos com consciência, não temos uma alimentação saudável. Enfim, não escutamos o que o nosso corpo pede, atendemos ao nosso desejo do que nos parece gostoso, fazendo com que tenhamos hábitos poucos saudáveis. Por isso, na próxima postagem, trarei várias dicas importantes para você investir melhor no seu cantar e evitar sofrer estas conseqüências desagradáveis.

Deus nos abençoe e até a próxima!


Jocélio de Castro

Membro Consagrado da Comunidade Obra de Maria